Arte a cada esquina: Grandes artistas que promovem a intervenção urbana

Do grafite até a escultura, a arte urbana vem conquistando cada vez mais o espaço contemporâneo. Seja enfatizando uma crítica ou envolvendo o expectador em uma explosão de cores e formas, o céu é o limite para a criatividade.

Boa Mistura

Vila Brasilândia - São Paulo
Ao fazer um jogo de perspectiva e cores fortes, o coletivo Espanhol Boa Mistura realizou o projeto “Luz nas Vielas” na vila Brasilândia, uma das maiores favelas de São Paulo.
Com as participação dos moradores locais, as paredes foram pintadas com palavras que representassem a comunidade. Uma maneira criativa dos artistas de proporcionar aos habitantes a sensação de orgulho e felicidade sobre o local onde vivem.
O grupo utiliza a técnica de anamorfose, a qual as palavras quando vistas de perto parecem distorcidas,  se tornando legíveis ao serem vistas a partir de um ângulo específico.
Vemos o nosso trabalho como uma ferramenta de transformação das ruas, capaz de criar laços entre pessoas”
https://www.boamistura.com/#/home

Zézão

Córrego Novo Mundo- São Paulo 
José Augusto Amaro Capela, conhecido como Zézão, nasceu em São Paulo em 1971, e começou a grafitar nos anos 90. O reconhecimento surgiu pelos lugares excêntricos que assina suas obras, os espaços subterrâneos esquecidos como esgotos, bueiros, canais pluviais e construções abandonadas.
Canais de esgoto - São Paulo
Zézão desenha padrões azuis de maneira fluida, remetendo ao fluxo da água. Ele denuncia o descaso a respeito a água e de outros lugares que estão fadados á ruína.
Senti a necessidade e importância de me expressar em lugares de regiões mais degradadas, inacessíveis e abandonadas por todos, pois ali eu estava me descobrindo e acreditando que a minha arte podia transformar aqueles lugares e a energia das pessoas que frequentavam e moravam nesses lugares.” 
https://www.instagram.com/zezao_sp/?hl=pt-br

Rimon Guimarães 

Mural em Amsterdã 
Curitibano nascido em 1988, é um artista autodidata com forte apelo visual. Inspira-se na cultura afriana e indígena e cria formas coloridas em paredes e murais ao redor do mundo.
Painel feito em Damasco, na Síria.  
Rimon Participou de um grande projeto social na Síria, criando um painel de 270 metros quadrados. A obra fica na cidade de Damasco e foi feita com crianças e adolescentes da região, com o intuito de promover o amor, a esperança e um futuro melhor, sem guerras.
“Quando as pessoas vêem o que eu faço, podem esquecer problemas pessoais, políticos ou do trabalho, e conseguem entrar no mundo das artes visuais.”
https://www.instagram.com/rimonguimaraes/?hl=pt-br

Nina Pandolfo

Londres - Inglaterra 
Nina é uma paulistana pioneira da Arte de rua no Brasil, começando a grafitar nos anos 90. Seu trabalho é marcado pela delicadeza das figuras femininas de olhos grandes, cores vibrantes, pintadas de uma maneira lúdica.
“Miami - Flórida 
faz parte do grupo que levou a arte de rua para o reconhecimento dos museus e galerias de arte. A artista inspirada na infância e na natureza, participou de diversos projetos e exposições em lugares como Miami, Alemanha, Cuba e Japão.
A vida me inspira. Coisas que muitas vezes passam despercebidas como o voo de uma borboleta, ou as cores de uma flor, as formas que as nuvens fazem em um céu azul.”
https://www.ninapandolfo.com.br/

Poro

 Bairro de Santa Tereza - Rio de Janeiro
É um coletivo de arte fundando em 2002, em Belo Horizontes. Praticantes das artes efêmeras, suas obras desaparecem conforme o movimento do espaço urbano. Buscam trazer á tona partes da cidades que se tornam invisíveis pela vida acelerada dos grandes centros, apontando sutilezas e criando imagens poéticas.
Praça Sete, Belo Horizonte - Minas Gerais 
A intervenção “Olhe para o céu” consistiu em arremessar panfletos com imagens de pássaros do último andar de um edifício. A massa de ar faz os “pássaros” subirem pelos ares, ocupando o céu e incitando as pessoas a olharem para cima.
O site criado pelos artistas disponibiliza baixar suas propostas de arte como adesivos, panfletos. Assim, as pessoas podem também intervir no espaço urbano, estimulando a criação de artes próprias.
“Vimos a intervenção urbana com uma possibilidade de abrir pequenos espações de respiro nas cidades.”
https://poro.redezero.org/

Mag Magrela

Museu Aberto de Arte Urbana - São Paulo 
Carolyna Barbosa Maciel, grafiteira conhecida como Mag Magrela, destaca-se pelo seu trabalho ativista. Exibindo desenhos de mulheres melancólicas, elas espelham sua má relação com a capital de São Paulo, uma cidade opressora para as mulheres.
Rua Fidalga - São Paulo 
Os murais exploram mulheres em diferentes tipos de corpos e cores, com o tronco ou cabeça curvados, corpo encolhido e olhos expresssivos, a arte de Mag está presente em várias cidades como Nova York, Rio de Janeiro, Lisboa e Belo Horizonte.
“ O que me motiva é o movimento. A mudança. E para que isso aconteça, temos que sempre estar atentos ao que acontece ao nosso redor. Como sou uma pessoa inquieta, que questiona tudo e estou incomodada, acabo focando em temas desse cenário de incômodo, abuso e dores.”
https://www.instagram.com/magmagrela/?hl=pt-br
Clet Abraham

Paris - França 
Clet é um artista Francês morador em Florença, que dá um novo significado criativo as placas de trânsito. Espalhando sua arte onde passa, já deixou sua marca em Roma, Londres, Estados Unidos e Japão.
Suas intervenções são feitas geralmente com adesivos ou spay. Embora alguns lugares da Itália considerem as placas ilegais, ele afirma que não quer destruir, mas instalar seus trabalhos de modo respeitoso, contribuindo com a arte urbana.
'Nós somos invadidos pela sinalética. O espaço urbano fornece uma quantidade enorme de mensagens basilares que são úteis, claro, mas unilaterais. Eu modifiquei este estado e as mensagens passaram a ter vários sentidos, ou outras informações, outros níveis de leitura."
https://www.instagram.com/cletabraham/
Filthy Lucker
Dublin - Alemanha
O artista brintânico Luke Egar, mais conhecido como Filthy Lucker, transforma o espaçp urbano por meio da escultura, transformando ruas monótonas, parques e estacionamentos em intervenções lúdicas cheias de imaginação.
Bistrol - Reino Unido
Suas instalações tridimensionais tem como objetivo inspirar as pessoas a enxergarem a sua volta de maneira diferente.
"Sempre gostei de colocar objetos diferentes juntos para criar algo novo, como montagens de mídia mista com tudo o que estava ao meu redor grudado com fita e cola, ou colagem ou pintura em fotos e na escola meu melhor trabalho sempre foi diretamente no mesa de madeira. Também sou uma pessoa bastante espontânea, por isso ideias esporádicas e explosões de energia levaram a muita arte."
https://www.filthyluker.org/
Fra.Biancoshock
V.I.P- Very Important Povetry, Estônia
Fra.Biancoshock é um artista italiano morador de Milão, famoso por suas intervenções que transmitem pelo humor ácido críticas sociais que permeiam nossa sociedade. É considerado o pai do "movimento efemeralista" com suas instalações independentes que não duram muito tempo no espaço que são produzidas.  


Ego Washer - Bélgica
Suas intervenções podem ser diferentes entre si, se tratando de técnicas, materiais e temas, mas se unem pelo mesmo propósito: oferecer um ponto de partida para a reflexão, sempre tentando causar impacto, perturbando a rotina diária.
http://www.biancoshock.com/
Banksy
Kissing Coopers - Brighton, Inglaterra
Nascido em 1973, Banksy é um artista anônimo britânico nascido na cidade de Bristol. Seus trabalhos em estêncil são encontrados em vários países, carregados de sátiras sociais e políticas, no qual mostra sua crítica e desprezo ao governo. 
Slave Labor - Inglaterra
Chamou atenção na década de 90 pela técnica do estencil, a qual se recorta em um papel o formato desejado, a fim de permitir a passagem da tinta, reproduzindo aquele formato em uma superfície.
"Pense fora da caixa, pisoteie a caixa, enfie uma faca afiada nela. Não há nada mais perigoso do que algúem que quer tornar o mundo um lugar melhor"
Coletivo Rap em Movimento (Rapem)
Intervenção no IFAL - Maceió
É um grupo de artistas alagoanos que se uniram para levar a música do Hip-Hop a diversas partes do Estado. Os Mc's realizam suas intervenções em espaços públicos como ônibus, praias e trens, cantando rimas improvisadas que interagem com o público, causando entretenimento e impacto cultural. 


Programa Arte e Cultura alagoana - Maceió
Em Janeiro deste ano, o grupo se apresentou no programa alagoano de arte e cultura transmitido no Youtube, ao lado de Arquitetos e Urbanistas em um debate sobre os espaços públicos e a ausência de cultura difundida nesses locais. Também já realizaram entrevistas para jornais como O dia de Alagoas e TV Gazeta.
Praça do Skate - Maceió
"Rimas nos ônibus já aconteciam antes do coletivo existir, o coletivo existiu com o propósito de organizar isso, com pessoas que queriam crescer o movimento Hip-Hop, não só pensar em si [...] A gente mostra uma nova imagem do Hip-Hop, mostra que ele pode ser entretenimento, diversão e arte, e a gente é bem recebido quando faz isso."
Arte urbana
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